quinta-feira, 6 de maio de 2010

Drama de um cético

Para o cristão, o Santíssimo reservou um lugar
Onde sua alma limpa e virtuosa descansará
Depois que seu corpo cansado voltar ao pó
E por isso não teme, pois jamais estará só

O budista traça o caminho de Siddartha
Ele conduz pelo rio da vida sua jangada
E quando se liberta de sua parte humana
Quebra a roda do carma, enfim o Nirvana

Adornos de ouro, roupas de seda, rios de mel
E dúzias de brancas virgens para escolher
Eis o que aguarda os seguidores de Maomé

Mas já o cético, este pobre idiota que não crê
Há de viver perplexo, carregando a sina de Tomé
e morrerá decrépito, esperando ver para crer

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