sábado, 1 de maio de 2010

Sentimento prostituído

Não havia cena que o deixasse mais irritado
Do que ver o tal casal das nove na televisão,
Até mesmo eles que nem sequer casal são,
Deixavam-no com o estômago meio nauseado.

Até ele já havia tentado do amor as mais diversas receitas
mas ainda não entendia o que tinha a emoção de tão perfeita.

Na primeira vez, achou por bem ser sincero
Uma vez que o amor era sentimento tão puro.
Mas só pôde gozar pouco tempo os seus luxos,
Pois desse compromisso a moça tinha medo.

Algum tempo depois ela encontrou um rapaz mais direito
E parece que descobriu que o compromisso não é tão feio.

Na segunda vez, achou por bem ser agressivo,
Foi se apaixonar por mulher comprometida.
Ela dizia que precisava passar despercebida,
Mas pelo amor ele decidiu encarar o perigo.

O amor bandido continuou levado a sério por tempos afim.
Um dia veio a distância e o tempo e puseram no levado um fim.

Na terceira vez, achou por bem ser platônico.
Preferiu um amor assim, meio subentendido,
Mas a moça preferiu olhar o próprio umbigo
E de novo ele ficou com cara de ator cômico

Um belo dia veio um alguém que foi mais agressivo e sincero
Então ele entendeu como tinha sido burro, e o outro, esperto.

Não havia realmente nascido para aquilo tudo.
Aquela coisa que não obedecia nenhuma lógica
e todas as suas consequências melodramáticas.
Por que era o amor um sentimento tão maluco?

Refletiu até chegar à conclusão mais sensata de sua vida inteira
Concluiu de maneira empírica que o amor não passa de uma rameira.

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