quinta-feira, 22 de abril de 2010

Pilha

Estava uma pilha
Dessas que você compra no supermercado
Tinha energia pra dar e vender
E não tinha vergonha de usar

Mas o que não percebeu
É que essa energia tinha um preço
Que ela tirava sua liberdade
E o desgastava quanto mais a usava

No dia seguinte ainda era uma pilha
Porém uma pilha diferente
Era uma pilha de nervos
Num corpo que não passava de uma pilha de entulhos

Entulhos pilhados do que sobrou da noite
E também do que sobrou do homem
E no final teve o mesmo fim que toda pilha

Foi parar no lixo, descarregado.


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2 comentários:

  1. bora rayovac! hsahusuha

    meu amigo, veja isso:

    http://www.biblio.com.br/defaultz.asp?link=http://www.biblio.com.br/conteudo/AugustodosAnjos/versosaumcoveiro.htm

    pra tu!

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  2. Ah eu leio isso e sinto que queria ser uma pilha. Mas acho que as mulheres se definiriam mais como pilhas daquelas recarregáveis, de momentos histéricos toda semana e que vieram com defeito, com uma energia oscilativa demais pra que até elas mesmas às vezes se suportem.

    :*

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