Aos mestres, com carinho

Saí de casa, pois lá me chamavam de louco

Vejam só que desatino... louco!

No meu caminho conheci uma moça

Que diziam também ser louca de jogar pedra.

Pobre Geni, me contou histórias maravilhosas.

Falou de uma grande Construção e do Cálice de Holanda.

Holanda, me pus a imaginar como seria

Nunca tinha me afastado demais daquelas cercanias.

Na minha cabeça, meu pote de idéias,

Só me vinha Bandeira de terra onde eu seria amigo do Rei.

No fim do dia, já cansado, resolvi parar.

Sentei à sombra, debaixo de um tamarindo.

Refleti sobre o processo da metamorfose do meu ser

- Meu kafkiano ser -

E pensei por um momento sentir dos Anjos toda a angústia.

Pensei: "Quem me dera eu fosse louco,

Pois loucura é privilégio de Pessoa

Que diz que viver não é preciso

Mas vive três vidas numa só"